sexta-feira, 11 de maio de 2018

BOB MARLEY - SUPERSTAR DO 3º MUNDO


Robert Nesta Marley, o grande Bob Marley nasceu em 6 de fevereiro de 1945, em Saint Ann, Jamaica. O cantor, guitarrista e compositor foi, e ainda é, o mais conhecido músico de reggae de todos os tempos, famoso por popularizar o gênero em todo o planeta. Grande parte do seu trabalho lidava com os problemas dos pobres e oprimidos. Ele foi chamado de "Charles Wesley dos rastafáris" pela maneira como divulgava a religião através de suas músicas. Filho de Norval Sinclair Marley, um militar branco, capitão do exército inglês e Cedella Booker, uma adolescente negra vinda do norte do país. Cedella e Norval estavam de casamento marcado para 9 de julho de 1944. No dia seguinte ao seu casamento, Norval a abandonou, porém continuou dando apoio financeiro para ela e o filho. Raramente os via, pois estava constantemente viajando. Após a morte de Norval em 1955, Marley e sua mãe se mudaram para Trenchtown, uma favela de Kingston, onde o garoto era provocado pelos negros locais por ser mulato e ter baixa estatura (1,63 m). Bob teve uma juventude muito difícil, e isso o ajudou a ter personalidade e um ponto de vista bastante crítico sobre os problemas sociais. 
O trabalho de Bob Marley foi amplamente responsável pela aceitação cultural da música reggae fora da Jamaica. Ele assinou com o selo Island Records, de Chris Blackwell, em 1971, na época uma gravadora bem influente e inovadora. Foi então, com No Woman, No Cry em 1975, que ele ganhou fama mundial. Bob Marley deixou a Jamaica no final de 1976 e foi para a Inglaterra, onde gravou os álbuns Exodus e Kaya e onde também foi preso por posse de maconha. Ele lançou a música Africa Unite no álbum Survival em 1979, e então foi convidado a tocar nas comemorações pela independência do Zimbabwe em 17 de abril de 1980. Em julho de 1977 Marley descobriu uma ferida no dedão de seu pé direito, que ele pensou ter sofrido durante uma partida de futebol. A ferida não cicatrizou, e sua unha posteriormente caiu; foi então que o diagnóstico correto foi feito. Marley na verdade sofria de uma espécie de câncer de pele que se desenvolveu sob sua unha. Os médicos o aconselharam a ter o dedo amputado, mas Marley recusou-se devido aos princípios rastafaris que diziam que os médicos são homens que enganam os ingênuos, fingindo ter o poder de curar. Ele também estava preocupado com o impacto da operação em sua dança; a amputação afetaria profundamente sua carreira no momento em que se encontrava no auge. Na verdade, a preocupação de Bob Marley era quanto à amputação de qualquer parte de seu corpo, seja o dedo do pé ou suas rastas. Para os seguidores dessa religião/filosofia, não se deve cortar, aparar ou amputar qualquer parte do corpo. Marley então passou por uma cirurgia para tentar extirpar as células cancerígenas e sua doença foi revelada para seu público. O câncer espalhou-se para seu cérebro, pulmão e estômago. Durante uma turnê no verão de 1980, numa tentativa de se consolidar no mercado norte-americano, Marley desmaiou enquanto corria no Central Park de Nova Iorque. Isso aconteceu depois de uma série de shows na Inglaterra e no Madison Square Garden, mas a doença o impediu de continuar com a grande turnê agendada. Marley procurou ajuda, e decidiu ir para Munique para tratar-se com o controverso especialista Josef Issels por vários meses, não obtendo resultados.Esta postagem foi publicada originalmente em 6 de fevereiro de 2012. Como hoje completa 37 anos da morte do grande Bob Marley, a gente deu uma repaginada. Ras Rasta! Valeu!
Um mês antes de sua morte, Bob Marley foi premiado com a Ordem ao Mérito Jamaicana. Ele queria passar seus últimos dias em sua terra natal, mas a doença se agravou durante o vôo de volta da Alemanha e Marley teve de ser internado em Miami. Ele faleceu no hospital Cedars of Lebanon no dia 11 de maio de 1981 em Miami, Flórida, com apenas 36 anos. Seu funeral na Jamaica foi uma cerimônia digna de chefes de estado, com elementos combinados da Igreja Ortodoxa da Etiópia e do Rastafarianismo. Ele foi sepultado em uma capela em Nine Mile, perto de sua cidade natal, junto com sua guitarra favorita, uma Fender Stratocaster vermelha.

Bob foi casado com Rita Marley, uma das "I Threes", que passaram a cantar com os "Wailers" depois que eles alcançaram sucesso internacional. Ela foi mãe de quatro de seus doze filhos (dois deles adotados), os renomados Ziggy e Stephen Marley, que continuam o legado musical de seu pai na banda Melody Makers. Outro de seus filhos, Damian Marley (vulgo Jr. Gong) também seguiu carreira musical.
A música e a lenda de Bob Marley ganharam mais e mais força desde sua morte, e continuam a render grandes lucros para seus herdeiros. Também deu a ele um status mítico, similar ao de Elvis Presley e John Lennon. Marley é enormemente popular e bastante conhecido ao redor do mundo, particularmente na África e na América Latina. É considerado por muitos como o primeiro Popstar do Terceiro Mundo. Após a sua morte, a data de seu aniversário, 6 de fevereiro, foi decretado feriado nacional na Jamaica.
No final dos anos 1970, a música No Woman, No Cry, ganhou uma versão em português feita pelo baiano Gilberto Gil. Ela virou "Não Chore Mais", se tornando um sucesso do tipo arrasa-quarteirão. Bob Marley esteve no Brasil uma única vez, em março de 1980
Esta foto histórica de George Harrison e Bob Marley foi tirada em 13 de julho de 1975, nos bastidores do Teatro Roxy, em Los Angeles, Califórnia. Tendo ouvido que George era um fã da música de Marley, o presidente da Island Records, Charley Nuccio convidou George para o show para o show e conhecer Marley. Quando ele disse que George Harrison estava nos bastidores, Marley visivelmente iluminou-se e disse, "Ras Beatle!".

2 comentários:

Dani disse...

Um dos meus favoritos desde sempre. Um dos maiores Artistas (com A maiúsculo mesmo) de todos os tempos. Já ouvi todos os álbuns umas "trocentas" vezes. Não há uma música que possa ser chamada de ruim. Meus favoritos: Catch a Fire, Burnin,Babylon by Bus, kaya, Rastaman Vibration, se e que é possível eleger favoritos hahaha...

Duda Barbosa disse...

Muito bom o som do Bob! Certas pessoas não deviam morrer nunca!